A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a tragédia de Vacaria, que resultou na morte de quatro pessoas da mesma família, no dia 10 março deste ano. Na época, dois adultos e cinco menores estavam dormindo na residência e acabaram inalando substância emitida pelo motogerador a gasolina. Nesta terça-feira, dia 16, a autoridade policial encaminhou ao Poder Judiciário o resultado da investigação. Sendo que o companheiro, Maique Santos da Silva, de 31 anos, responderá por crime de homicídio culposo majorado, por haver vítimas com menos de 14 anos.
Conforme o delegado responsável pela investigação, Anderson Silveira de Lima, “concluiu-se que um dos sobreviventes do caso concorreu culposamente para o evento acidental, já que tinha o dever legal de vigiar quanto ao não-ligamento ou desligamento do motogerador. E, assim, impedir com que o fato ocorresse, pois já havia operado o equipamento várias vezes e era um dos adultos responsáveis”, disse.
Das sete pessoas que estavam na casa apenas três sobreviveram. Após 22 dias internados, os irmãos Elias e Vitória, de nove e sete anos, tiveram alta hospitalar no dia 1º de abril. As crianças estavam internadas em Santa Maria e depois retornaram a Vacaria. Maique ficou hospitalizada por um tempo, mas teve alta alguns dias antes que as crianças. Já a mãe, Cíntia de Moraes Costa, de 36 anos, e os irmãos Samara, de três anos, Cíntia Maria, de 11 anos, e Ana Júlia, de 15 anos, acabaram morrendo. O acidente aconteceu dentro da moradia da família, na Rua Noel Rosa, que fica no bairro Vitória.
A investigação
O inquérito policial referente a este caso da tragédia de Vacaria teve 243 páginas. Para elucidação dos fatos, a polícia ouviu diversas testemunhas e familiares das vítimas. Também ocorreu o encaminhamento das vítimas fatais a exame de necropsia e pesquisa sanguínea, exame pericial no motogerador e no local do fato. Os sobreviventes também falaram com a polícia.
Um dos laudos atestou que as vítimas fatais apresentavam concentração de mais de 50% de carboxiemoglobina no sangue, o que lhes causou a morte. Ao final da instrução do inquérito policial, concluiu-se que um dos sobreviventes do caso concorreu culposamente para o evento acidental, já que tinha o dever legal de vigiar quanto ao não-ligamento e/ou desligamento do motogerador e, assim, impedir com que o fato ocorresse, pois já havia operado o equipamento várias vezes e era um dos adultos responsáveis pelo ligamento e desligamento do motogerador.
Fonte: Leouve